28 de dez. de 2009

Disco da semana - The Doors

"The Doors" (1967) - The Doors

Faixas:

1."Break on Through"
2."Soul Kitchen"
3."The Crystal Ship"
4."Twentieth Century Fox"
5."Alabama Song"
6."Light My Fire"
7."Back Door Man"
8."I Looked at You"
9."End of the Night"
10."Take It as It Comes"
11."The End"





Formado por Jim Morrison (vocais), Robby Krieger (guitarra), Ray Manzarek (teclado) e John Densmore (bateria), o grupo The Doors lançou seu primeiro álbum (homônimo) em 1967. Uma prévia do que esta banda criaria dali para frente.

O começo é primoroso, com "Break on Through", um rock forte e contagiante com guitarra/teclado/bateria casando perfeitamente com a interpretação de Morrison. A canção seguinte, "Soul Kitchen" deixa claro para quem ainda não sabia, que o Doors flertaria muito com o blues, posição reafirmada na faixa 7, "Back Door Man", um conver de Howlin' Wolf.

"The Crystal Ship" traz, talvez, a mais bela interpretação de Morrison em todo o álbum. Uma balada com letra extremamente poética, escrita por Morrison para sua ex-namorada Mary Werbelo.

"Twentieth Century Fox" não acrescenta tanto ao álbum. Uma música simples. Quando o ouvinte atinge a faixa 5, parece ter mudado de álbum. A voz de Morrison e o teclado de Manzarek trazem a confirmação: ainda se trata de Doors. "Alabama Song" tem andamento completamente diferente de tudo o que o álbum apresentara até então. Em alguns momentos chega a lembrar uma marcha.

A letra foi escrita por Bertolt Brecht em seu livro chamado "Hauspostille", ainda em 1927 e tranformada em canção por Kurt Weill no mesmo ano. Em 1930 a canção foi utilizada na ópera de Brecht e Weill's, intitulada "Rise and Fall of the City of Mahagonny".

Eis que no meio do álbum surge seu maior êxito: "Light My Fire". Extremamente palatável, com letra simples e melodia agradável, foi perfeita para lançar a banda ao estrelato. A linha de teclados de Manzarek no início da canção se tornou marca registrada da banda.

"I Looked at You", "End of the Night" e "Take It as It Comes" se seguem, complementando com competência um álbum que já soa muito bem.

"The End", um verdadeiro épico, fecha o álbum de maneira sombria. Com quase doze minutos de duração, a canção segue uma estrutura onde três mini-climaxes são separados por trechos lentos, com letra praticamente falada. Entre os temas abordados estão a busca da liberdade, a liberação da consciência e até mesmo um drama edipiano.

A primeira seção começa com uma leve narrativa: "This is the end/Beautiful friend/This is the end/My only friend, the end..." A segunda tem letra mais complicada, cheia de referências a experiências com alucinógenos e práticas de "expansão da consciência".

Por fim o trecho edipiano, onde Morrison narra o caminhar de um assassino por uma casa até o encontro de suas vítimas é magistral. "Father ?/Yes son/I want to kill you/Mother...I want to...fuck you".

Pra quem não conhece muito da obra dos Doors, este álbum é um excelente começo.



2 comentários:

lvk4z disse...

Disco fodastico admito,Doors são foda,a unica faixa q ñ gosto eh o end of the night,mas fora isso eh perfeito!!

Anônimo disse...

Sensacional!

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